16:55hs

Hora Certa

Câmara realiza audiência pública em homenagem ao Dia do Trabalhador

Por iniciativa da vereadora Sibele Nery (PT), a Câmara Municipal de Itapetinga realizou uma audiência pública em comemoração ao Dia do Trabalhador na noite desta terça-feira (3).

Participaram da mesa de debates Fernando Gusmão, representante do Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindipoc), Gessé Macedo, do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado da Bahia (Sinpojud), Rosenildo Pires, do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Abate Animal do Estado da Bahia (Sindicarne), Sidnei Mendes, do Sindicato de Verdade, entidade que representa os trabalhadores calçadistas da região de Itapetinga, André Dantas, presidente do Partido dos Trabalhadores em Itapetinga, a secretária agrária nacional do Partido dos Trabalhadores, Elisângela Araújo, e o deputado estadual Rosemberg Pinto (PT).

Ao justificar a audiência pública, a vereadora Sibele Nery explicou que o Dia do Trabalho, comemorado anualmente em 1º de maio, é uma data comemorativa usada para celebrar as conquistas dos trabalhadores ao longo da história. Ela lembrou os fatos que marcaram a origem da data e como se deu a sua instituição no Brasil.

A parlamentar esclareceu ainda que o evento é uma forma de chamar a atenção da sociedade para questões relacionadas aos direitos do trabalhador, perspectivas de vida com qualidade, saúde do trabalhador, mercado de trabalho, entre outras.

O presidente do PT em Itapetinga, André Dantas, afirmou que a sociedade precisa estabelecer um equilíbrio e destacou que as divergências de opiniões devem ser respeitadas. “A grande célula formadora da sociedade é a classe trabalhadora. E nós temos que lutar sempre pela classe trabalhadora. Nós não podemos desistir nunca”, declarou. André Dantas aproveitou a oportunidade para manifestar apoio ao mandato da vereadora Sibele Nery e defender uma maior participação feminina na política.

O representante do Sindicarne em Itapetinga, Rosenildo Pires, comentou que, nos últimos anos, os trabalhadores tiveram sérios prejuízos em relação aos direitos trabalhistas, previdenciários e condições ambientais do trabalho. Rosenildo criticou também o aumento do custo de vida que tem impactado a população de baixa renda. “O trabalhador não suporta essa carestia”, avaliou.

Delegado sindical do Sinpojud, Gessé Macedo falou sobre o conceito de justiça social e sua relação com os direitos dos trabalhadores. “Só existe a paz social se existir justiça social. Mas, para existir justiça social, é necessário que reconheçamos e legitimemos os direitos trabalhistas, o direito do trabalhador. Sem esse reconhecimento, não vai existir a justiça social e, consequentemente, a paz social”.  Gessé contou um pouco da sua experiência pessoal com o trabalho e o serviço público, ressaltando a importância da educação para transformação de vidas e realização de sonhos. O representante do Sinpojud leu uma crônica de sua autoria em que questiona qual é a bandeira dos trabalhadores, sugerindo uma reflexão sobre a luta da classe, importância da conscientização sobre seus direitos e defesa da união entre todos.

O representante do Sindipoc, Fernando Gusmão, salientou que os trabalhadores contribuem para o desenvolvimento nacional. “A grande classe trabalhadora do Brasil é que faz uma grande parte do progresso do nosso país, porque, sem trabalho, não se consegue nada. As coisas só se consegue com trabalho, com educação, consciência e com tecnologia”, disse.

De acordo com Sidnei Mendes, representante do Sindicato de Verdade, a classe trabalhadora de Itapetinga tem vivido um momento muito delicado entre os anos de 2013 e 2022. “A gente viu uma indústria que tinha mais de 22 mil trabalhadores se reduzir e chegar hoje a 4 mil, 5 mil trabalhadores”, informou se referindo à crise da indústria calçadista na região. “Quem mais perdeu com isso foi a cidade de Itapetinga, porque a cidade comportava só em uma unidade mais de 12 mil trabalhadores”, lamentou.

Em sua fala, a secretária agrária nacional do Partido dos Trabalhadores, Elisângela Araújo, abordou a precarização do mercado de trabalho brasileiro. “Mais de 50 milhões de pessoas estão em situação de trabalho precarizado nesse Brasil. E ainda mais: mais de 19 milhões de pessoas desempregadas, mais de 19 milhões de pessoas sem perspectiva”, apontou.

Elisângela Araújo criticou ainda a Reforma trabalhista e as perdas de direitos da classe trabalhadora brasileira. Segundo ela, estamos vivendo um dos piores momentos de retrocesso e perdas de conquistas que foram alcançadas com muita luta ao longo de anos.

Para o deputado estadual Rosemberg Pinto, infelizmente não há o que comemorar nesse período em relação aos trabalhadores. Ao contrário, foram realizadas diversas manifestações, no dia 1º de maio, no Brasil inteiro. O deputado chamou a atenção para a situação das pessoas que estão na invisibilidade.

“Nós precisamos tratar da invisibilidade de um segmento fundamental na sociedade, que sequer tem carteira assinada, que sequer ganha metade de um salário mínimo ao final do mês. E alguns não ganham nada e não têm sequer as condições de se alimentar. Então, é para esse público que nós todos, trabalhadores e operadores da política, temos que olhar. É o grande desafio”, argumentou.

Além de Sibele Nery, estiveram presentes os vereadores Valdeir Chagas (PDT), Tiquinho Nogueira (PDT), Tuca (Republicanos) e Neto Ferraz (PSC). Os parlamentares discursaram sobre a importância do trabalho e da garantia de direitos dos trabalhadores.

A assessora de Rosemberg Pinto, Francine Martins, e o ex-vereador Romildo Teixeira também contribuíram com o debate e aproveitaram para parabenizar a vereadora Sibele Nery pela iniciativa.

A audiência pública foi transmitida ao vivo pelo canal TV Câmara Itapetinga no YouTube. O vídeo fica disponível para acesso e compartilhamento.

Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo. Ao utilizar este site, você concorda com o uso de cookies.