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Câmara celebra 200 anos da Independência do Brasil na Bahia

Estátua de Maria Quitéria, uma das heroínas da independência do Brasil na Bahia, em Salvador.

Hoje, 2 de julho, a Câmara Municipal de Itapetinga celebra os 200 anos da Independência do Brasil na Bahia. A data marca o ponto final do conflito que se desenrolou entre os exércitos brasileiro e português no estado e o fim da dominação da Coroa portuguesa no país.

Embora o 7 de setembro de 1822 seja conhecido a nível nacional como a proclamação da independência por Dom Pedro I, seria necessário quase um ano até que o exército português fosse efetivamente derrotado e expulso em terras brasileiras. Na Bahia, o conflito se iniciou dois meses antes, na cidade de Cachoeira, onde a câmara municipal aclamou D. Pedro como o príncipe regente, desligando-se assim das Cortes de Lisboa. A atitude indignou os portugueses, que atacaram os moradores locais enquanto saíam de uma missa em celebração; contudo, a população e os soldados revidaram, fazendo a embarcação que os atacava se render.

Porém, desde 1820 os primeiros sinais do conflito já eram evidentes, culminando em conflito aberto entre as tropas brasileira e portuguesa nas ruas de Salvador em 1822. Vilas e fazendas do Recôncavo se transformaram em campos de de refugiados brasileiros, enquanto as demais regiões da Bahia aderiram em peso à Independência e formavam um cinturão que isolava os portugueses ainda sediados em Salvador.

A população local, em sua grande parte composta por homens negros escravizados, aderiu fortemente à causa, e é importante reforçar a presença do povo nesse conflito, lutando por sua liberdade. Porém, não só homens se destacaram na guerra: Maria Quitéria, natural de Feira de Santana, foi uma das grandes heroínas da independência em solo baiano, chegando a se disfarçar de homem para se infiltrar no exército e lutar contra os portugueses. Após o fim da guerra, em 1823, ela foi condecorada por D. Pedro I no Rio de Janeiro.

Logo após a derrota dos portugueses, as comemorações do 2 de julho tiveram início e se estendem até hoje. A celebração anual se inicia em Cachoeira, de onde sai a tocha simbólica que é levada até Pirajá, em Salvador, local de uma das maiores batalhas ocorridas durante a guerra. Agrupamentos militares, fanfarras e grupos culturais fazem seus cortejos pelas ruas da capital baiana.

Assim, o 2 de julho merece seu reconhecimento não apenas em toda a Bahia, mas também no restante do país. A Câmara Municipal de Itapetinga, portanto, celebra a importância dessa data que marca a independência definitiva do Brasil em relação aos portugueses. 

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